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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

XXIII

No raiar da tarde sopre o vento
No meu pescoço sopre o hálito quente que sai da tua boca
Que me faz esquecer tudo e todos
E tudo e todos se resumem ao que a gente sente
Pra quem a gente mente a verdade ta na cara
Ta na pele e não se fala em horário quando o vento sopra
Não se fala quando as bocas se encontram
E não se encontra enquanto os olhos se perdem
Quando se perdem em nós mesmos
Quando se prendem em se perder
Quando se perdem ao se prender
Daria tudo pra morar contigo no alto de uma pedra
Enquanto sopra o vento no raiar da tarde
Enquanto a tarde vai embora ao sabor do vento
Enquanto o hálito quente lembra o vento
Que dissipa a tarde
Que transforma em lembrança o sonho que a gente vive

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